
Mário Domingues
-
10%
COMPRAR
€18.90€17.01A AFIRMAÇÃO NEGRA E A QUESTÃO COLONIAL
Mário Domingues
Mário Domingues (ilha do Príncipe, 1899 – Lisboa, 1977) foi jornalista, cronista, tradutor e escritor. A sua mãe era negra, natural de Angola, tendo sido levada para a ilha do Príncipe com 15 anos, para trabalhar na roça Infante D. Henrique. O pai era português branco, funcionário dessa roça, e trouxe-o para Lisboa com 18 meses, onde foi criado pelos avós paternos num ambiente de classe média. Realizou o curso de Comércio no antigo Colégio Francês, em Lisboa. Iniciou a vida profissional nos finais da década de 1910 como ajudante de guarda-livros e correspondente de francês e inglês e, aos 19 anos, começou a publicar contos no diário anarquista A Batalha. Em Novembro de 1919, tornou-se jornalista profissional daquele diário, sinalizando o início de uma actividade muito intensa, marcante e brilhante no jornalismo, sendo responsável por três títulos da imprensa negra nas décadas de 1920 e 1930 e mantendo colaborações em muitas outras publicações, entre elas o Repórter X e Detective. Escritor prolífico, publicou novelas, romances, peças de teatro, policiais, ficções de cowboys, aventuras e evocações históricas, entre os quais Hugo, o Pintor (1923), A Audácia de Um Tímido (1923), Entre Vinhedos e Pomares (1926), Anastácio José (1928), O Preto do Charleston (1930), O Crime de Sintra (1937), Uma Luz na Escuridão (1938), O Cavaleiro, o Monge e o Outro (1947) e O Menino entre Gigantes (1960). Expoente da pseudonímia, assinou muitas obras com nomes ingleses e franceses, ou inventando tradutores fictícios. Traduziu romancistas como Henry Fielding, Walter Scott, Charles Dickens, George Eliot e Stefan Zweig. Foi casado duas vezes e teve quatro filhos.