AGORA A SÉRIO - Tinta da China
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Tom Stoppard traduzido pela primeira vez em português, numa versão de Pedro Mexia.

Na peça que está a decorrer quando este texto se inicia, Max e Charlotte são um casal cujo casamento se encontra à beira da ruptura. Mas nada do que se vê em palco é a sério, e algumas coisas são menos a sério do que outras. Charlotte é actriz numa peça sobre o casamento, da autoria do seu marido, Henry. Max, que contracena com ela, é também casado com uma actriz, Annie. Ambos os casamentos estão prestes a terminar, porque Henry e Annie se apaixonaram. Mas será que é a sério?

«O teatro de Tom Stoppard sempre tinha sido frio, erudito, cerebral, surreal. Uma mistura de wit inglês com absurdismo eslavo. A meio dos quarenta, porém, o dramaturgo decidiu que era tempo de escrever sobre si mesmo, por mais que o decoro o inibisse.»
— Pedro Mexia, Posfácio

Tom Stoppard

Tomás Straussler nasceu na Checoslováquia em 1937.
Em 1946, depois de ir viver com a família para Inglaterra, muda de nome para Tom Stoppard. Completou o ensino secundário mas desistiu dos estudos. Trabalhou como jornalista e crítico em Bristol e em Londres, e começou a escrever para a rádio e a televisão. No mesmo ano, entrou fulgurantemente no panorama do teatro contemporâneo e passou do circuito experimental ao Teatro Nacional num ápice.
Em 1982, estreia a sua obra mais autobiográfica, The Real Thing, que ganharia vários prémios ingleses. A produção americana, com Jeremy Irons e Glenn Close, vence o Tony. Escreveu para o cinema, nomeadamente BrazilO Império do Sol e A Paixão de Shakespeare. O último valeu-lhe um Óscar de Melhor Argumento Original. Dirigiu a versão cinematográfica de Rosencrantz and Guildenstern Are Dead (1990), com a qual venceu o Leão de Ouro do Festival de Veneza.
Tem quatro filhos de dois casamentos. Vive em Londres. Foi condecorado com o título de Sir Tom Stoppard em 1997.