ALI ESTÁ O TARAS SHEVCHENKO COM UM TIRO NA CABEÇA - Tinta da China
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UM DIÁRIO DA GUERRA NA UCRÂNIA: O PRIMEIRO LIVRO DA JORNALISTA ANA FRANÇA

A 23 de Fevereiro de 2022, um dia antes do início da guerra na Ucrânia, Ana França, jornalista, estava de férias em Trieste. E é nesse dia, o último antes de o mundo mudar irremediavelmente, que começa este livro. A 26 de Fevereiro já a repórter chegava a Lviv e se adentrava no terreno, conversando com as pessoas, seguindo de cidade em cidade para contar o que via, numa sequência de reportagens que agora se transformam em livro e testemunho vivo de uma guerra ainda em curso.

«Os muitos testemunhos neste livro — uma das suas riquezas — ajudam-nos a compreender a nação ucraniana, bem como o seu sofrimento: ‘como é que o país vai curar as feridas dos que não morreram’. Se a solidariedade e a empatia com o sofrimento ucraniano são evidentes, também é verdade que temos a tendência natural para ir ‘normalizando’ o que vamos vendo e o que vamos sentindo. E, por isso, a publicação deste livro é muito importante, porque não nos deixa embalar na melodia do quotidiano e não deixa crescer a distância emocional e mental face à guerra na outra ponta da Europa.»
— Raquel Vaz-Pinto, Prefácio

 

Ana França

Ana Relvas França nasceu em Aveiro e lá viveu até aos 18 anos, quando se mudou para Coimbra, para completar uma licenciatura em Jornalismo. O estágio foi feito em Macau, no jornal Tribuna de Macau. Em 2011, emigrou para Londres, onde concluiu uma pós-graduação na London School of Journalism. Durante meia década de vida na capital britânica, trabalhou como correspondente do Expresso, acompanhando os loucos anos do pré-Brexit, foi tradutora e professora de inglês para estrangeiros, e colaborou com a Monocle 24 (rádio da revista Monocle), com o diário The Telegraph e com a revista New Statesman. Nesse mesmo período, trabalhou em diversos restaurantes, especializando-se na venda de vinhos, e colaborou com a On Our Radar, uma organização não-governamental que visa ensinar os princípios básicos do jornalismo a comunidades isoladas ou fragilizadas para que elas próprias possam contar as suas histórias e vendê-las aos grandes meios de comunicação. Em 2016, regressou a Portugal, onde teve de vender vinho por mais uns meses até ingressar na redacção do Observador. No início de 2018, voltou ao Expresso, à secção internacional, onde acompanha principalmente os temas de migrações, conflito, populismo, Brexit e também Médio Oriente. Em 2022, foi a enviada do Expresso à guerra na Ucrânia, onde esteve um mês em reportagem. Esse mês deu origem ao livro Ali Está o Taras Shevchenko com um Tiro na Cabeça: Diário da Ucrânia.