
UM LONGO PASSEIO PORTUGUÊS POR UMA DAS MAIORES POTÊNCIAS DO MUNDO.
A América era longe e linda. Oferecia uma paisagem imensa e uma energia surpreendente aos viajantes portugueses que a conheceram entre finais do século XIX e a década de 1970.
Pelo olhar de Eça de Queirós, Jorge de Sena, Natália Correia, Joaquim Paço d’Arcos, José Rodrigues Miguéis e outros, percorremos clubes de jazz, a floresta de sequóias, universidades e jornais, drugstores e drive-ins, a fábrica de sonhos de Hollywood e os arranha-céus de Nova Iorque.
Este livro é o encontro de dois imaginários: o europeu e o norte-americano. Fala de pessoas, cidades, natureza e instituições, mas também discute valores éticos e políticos, a liberdade de costumes e de pensamento, os alicerces de uma sociedade materialista. Não faltam, claro, os grandes paradoxos: qual é a fonte da felicidade dos americanos? Como conciliam as noções de individualismo e de comunidade? Como se vive com a discriminação racial e a desigualdade?
«Nova Iorque é um tour de force da brutalidade — nada mais. E no entanto, meu amigo, que diabo! — é necessário amá-la.»
— Eça de Queirós
«Começo a compreender que esta terra tem múltiplos escapes. Ela esconde uma alma por debaixo da sua face insípida, uniformizada. Essa alma é o choque temperamental de várias raças. Há dias um judeu polaco disse-me: ‘Para gostar da América é preciso ter paciência.’»
— Natália Correia
«Ninguém conhece duas vezes a mesma América, gigante proteico em perpétua transição.»
— José Rodrigues Miguéis