
O CLÁSSICO LITERÁRIO-FILOSÓFICO QUE LANÇOU AS FUNDAÇÕES PARA A IDEIA DE AMOR PLATÓNICO
«O enredo da discussão sobre Eros no Banquete é um dos fundamentos da cultura ocidental, que, mesmo temperada pelo elemento judaico-cristão, em muitos aspectos mais oriental, permanece assente no solo greco-latino. A intervenção de Sócrates (e, sejamos justos, de todos os outros convivas) interpretando Eros como uma relação, uma carência, um desejo, entrou no discurso sobre o amor, que é um dos discursos com maior continuidade da nossa história cultural e filosófica, e chegou mesmo à mais vulgar conversação e escrita. Hoje, dir-se-ia ser viral, se esta expressão não retratasse mais a ignorância do que o saber, embora talvez Sócrates, que gostava da fama, não se importasse.
O modo como o diálogo nos chega na tradução de Maria Mafalda Viana justifica a frase proverbial ‘primeiro estranha-se e depois entranha-se’, porque se percebe que esta tradução do original nos dá um Banquete muito diferente daquele que conhecia. Mais estranho, mais complexo, mais grego. E, por isso, novo.»
— Prefácio, José Pacheco Pereira
Tradução, ensaio introdutório e notas de Maria Mafalda Viana
Platão
Platão terá nascido em 428 a.C., em Atenas, cidade onde também morreu, provavelmente em 348 a.C. Uma das mais relevantes figuras do período clássico da Grécia Antiga, foi filósofo e matemático.
Juntamente com o seu mentor, Sócrates, e o seu discípulo, Aristóteles, Platão lançou os alicerces da filosofia ocidental. Entre as suas obras mais relevantes, além de O Banquete, contam-se República, Fédon, Górgias, Íon ou Apologia de Sócrates.