COISAS DE LOUCOS - Tinta da China
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*Livro em reimpressão: envios a partir de 20 de Julho.
UM LIVRO QUE RESGATA DO ESQUECIMENTO A VIDA DOS DOENTES DE UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO ABANDONADO.

Coisas de Loucos teve origem na descoberta acidental de uma caixa de cartão empoeirada, cheia de objectos de antigos doentes do primeiro hospital psiquiátrico português, o Miguel Bombarda.

Catarina Gomes inicia então uma série de investigações para descobrir que vidas tiveram os donos desses objectos esquecidos no sótão do antigo «Rilhafoles». Nascidos entre o final do século XIX e o começo do século XX, estes «loucos» viram‑se subitamente isolados do mundo, numa época em que os psicofármacos estavam fora do horizonte e o fechamento dos doentes mentais era quase a única solução.

Mas antes de serem forçadas ao confinamento estas pessoas tiveram família, amores, trabalho, tiveram planos de futuro. São algumas destas vidas que Catarina Gomes aqui resgata do esquecimento.

Prémio de Jornalismo da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental
Grande Prémio Jornalismo em Saúde – APIFARMA/Clube de Jornalistas

«Catarina nunca se sobrepõe às pessoas de quem fala, não se precipita, não escreve com ideias feitas sobre um dado tema. Os loucos do seu livro são pessoas de carne e osso, e Catarina não os trata nem como fantasmas nem como semblantes desfocados em daguerreótipos. Catarina Gomes recusa a condescendência, não escreve como quem desvenda, como quem está segura, como quem tem saúde. Fala dos outros como quem desce uma escada íngreme, ciente de que pode cair. Li Coisas de Loucos como se lesse um romance, cheio de histórias e mistérios, pessoas vivas, meus irmãos, perdidos no tempo.» — Djaimilia Pereira de Almeida, do Prefácio

Catarina Gomes

Catarina Gomes nasceu em Lisboa, em 1975. É autora de três livros de não-ficção e do romance Terrinhas, vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís.

Em Furriel não É Nome de Pai quebrou um tabu, contando a história dos filhos que os militares portugueses tiveram com mulheres africanas durante a Guerra Colonial e que deixaram para trás. Em Pai, Tiveste Medo? aborda a forma como a experiência do conflito chegou à geração dos portugueses filhos de ex-combatentes.

Coisas de Loucos conta as vidas de oito doentes psiquiátricos a partir de objectos pessoais que estes deixaram para trás no antigo Manicómio Miguel Bombarda. Às reportagens que estiveram na origem do livro, realizadas no âmbito de uma Bolsa de Investigação Jornalística da Fundação Calouste Gulbenkian, foi atribuído o Prémio de Jornalismo da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. As três obras de não-ficção estão integradas no Plano Nacional de Leitura.

Jornalista do Público durante quase 20 anos, recebeu alguns dos prémios nacionais mais importantes da área, como o Gazeta. A nível internacional, foi duas vezes finalista do Prémio de Jornalismo Gabriel García Márquez e recebeu o Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha.