CRIME EM LISBOA - Tinta da China
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Um retrato abrangente da sociedade oitocentista e uma história múltipla: as representações sociais do crime e do criminoso; as práticas e as bases normativas da sociedade liberal; a construção do Estado moderno e do exercício do poder.

PRÉMIO DE HISTÓRIA ALBERTO SAMPAIO

Nas décadas finais do século XIX, a cidade de Lisboa cresceu em ritmo acelerado. Todos os dias chegavam novos habitantes, sobretudo camponeses atraídos pelo desenvolvimento e em busca de trabalho. Foi nesta altura que o crime se tornou tema de grande inquietação, com presença diária na imprensa. A realidade criminal sofreu então uma mudança, com maior incidência de casos e com novas tipologias. Mas também se alterou a maneira como a sociedade avaliava o crime e os criminosos, com grandes debates e intensa produção jurídica.
O Crime em Lisboa propõe um retrato abrangente da sociedade oitocentista, muito para além da estrita caracterização do crime, dos seus autores e das punições. O leitor irá assim deparar-se com uma história múltipla: das representações sociais do crime e do criminoso; das práticas e das bases normativas da sociedade liberal; e ainda da construção do Estado moderno e do exercício do poder.

Maria João Vaz

Maria João Vaz (Lisboa, 1963) é doutorada em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE. Desenvolve investigação na área da história social contemporânea, dedicando-se em particular às questões relacionadas com a história da justiça criminal e penal, os marginais, as instituições de controlo social e os movimentos migratórios. É professora no Departamento de História do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e investigadora no Centro de Estudos de História Contemporânea da mesma instituição, onde dirige o projecto Controlo social e política penal no liberalismo português, reformas nacionais, circulações transnacionais, c. 1820-1867.
Em 1998, o Prémio de História Contemporânea Victor de Sá foi atribuído à sua obra Crime e Sociedade. Portugal na Segunda Metade do Século XIX (Celta, 1998) e em 2008 recebeu o Prémio de História Alberto Sampaio.
Entre outras publicações, é co-autora de Portugal: Atlas das Migrações Internacionais (Tinta-da-china, 2010).