DESPOJOS DA ALIANÇA - Tinta da China
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PRÉMIO FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES 2007

Ao longo dos séculos, a aliança inglesa constituiu o principal ponto de referência das relações externas de Portugal. Forjado em finais do século XIV, o matrimónio pragmático entre as duas nações marítimas conseguiu sobreviver aos sobressaltos e mutações em que a história europeia foi fértil e chegar intacto ao século XX.
Com as alterações sistémicas produzidas pela Segunda Guerra Mundial, porém, a protecção que a Grã-Bretanha formalmente dispensava às colónias portuguesas — uma das principais razões de ser da aliança — foi posta em causa. A forma como Londres geriu o seu processo de descolonização afectou significativamente a estabilidade do império português e o relacionamento entre os dois aliados.
«Baseado numa investigação exaustiva, Os Despojos da Aliança oferece-nos uma perspectiva inédita da crise final do colonialismo português e do acidentado processo de descolonização que se lhe seguiu. Ficamos agora a compreender melhor a complexa rede política e diplomática em que Salazar se moveu, na tentativa de preservar o status quo do império português, e a posição que a Inglaterra foi assumindo, procurando salvaguardar as suas ligações com os EUA, os aliados europeus e a emergente Commonwealth multirracial.

«Há muito que não era publicado um livro sobre as relações luso-britânicas e a questão colonial com a profundidade e o detalhe destes Despojos da Aliança de Pedro Oliveira, um nome a reter na historiografia contemporânea.»
— José Medeiros Ferreira

Pedro Aires Oliveira

Pedro Aires Oliveira (Lisboa, 1971) é professor do Departamento de História da FCSH-NOVA e investigador do Instituto de História Contemporânea, que coordena desde 2015. Os seus principais domínios de investigação são a história das relações internacionais, o colonialismo e a descolonização.
Em 2000 publicou o livro Armindo Monteiro. Uma biografia política (Prémio Aristides Sousa Mendes, da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, e Menção Honrosa do Prémio da Fundação Mário Soares), e em 2004 foi o coordenador, com Fernando Rosas, do volume de ensaios A Transição Falhada. O Marcelismo e o Fim do Estado Novo.
Entre 1999 e 2003 foi chefe de redacção da revista Política Internacional e, posteriormente, da revista Relações Internacionais, publicação trimestral do IPRI-UNL.