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50 ANOS DO 25 DE ABRIL: EM TEMPOS DE «IMPOLÍTICA», UM LIVRO QUE ASSINALA A NATUREZA MATRICIAL DA REVOLUÇÃO NA DEMOCRACIA PORTUGUESA
Reúno neste livro alguns textos que fui escrevendo para seminários, obras colectivas, conferências e outros actos públicos a propósito do 25 de Abril, da Revolução Portuguesa de 1974/1975, designadamente para o seu cinquentenário, que se assinala em 2024. É uma forma de me associar à celebração dessa efeméride que mudou o curso da história portuguesa a partir do último quartel do século XX.
A anteceder esses ensaios, deixo um texto testemunhal, autobiográfico, que pretende tornar presente, contra um certo tipo de desmemória organizada, o modo como uma jovem geração militante nos anos 60 e 70 do século passado resistiu à ditadura, denunciou o absurdo e a injustiça da guerra colonial e desembocou na tempestade revolucionária abrilista com a alegria e o entusiasmo que lhe conferia a convicção profunda de que estava a ajudar a moldar com as próprias mãos um futuro emancipatório para o povo português e a responder aos desafios de uma revolução mundial que, desde 1968, parecia aproximar‑se da Europa. Dessa esperança sagrada, dos seus sucessos e insucessos, vos falam este meu depoimento e o conjunto de ensaios que lhe sucedem.
— Fernando Rosas
*Envios a partir de 4 de Outubro
Fernando Rosas
Fernando Rosas é professor emérito da Universidade Nova de Lisboa e professor catedrático jubilado de História Contemporânea da NOVA FCSH. Foi fundador e presidente do Instituto de História Contemporânea. É autor de uma vasta obra historiográfica com grande foco na Primeira República, no Estado Novo e na Revolução de 1974/1975. Foi autor e apresentador das séries televisivas História a História e História a História África (RTP2 e RTP África, 2016‑2017). Entre as suas obras mais recentes editadas pela Tinta‑da‑china, destacam‑se Salazar e o Poder: A Arte de Saber Durar (Prémio Pen Club de Ensaio, 2012); Salazar e os Fascismos (Prémio de História Contemporânea da Fundação Calouste Gulbenkian/Academia Portuguesa de História, 2019); O Século XX Português (coord. de obra coletiva, 2020); A Revolução Portuguesa de 1974‑1975 (coord. de obra coletiva, 2022). Foi deputado à Assembleia da República e candidato à Presidência da República. Integrou a Comissão Instaladora do Museu Municipal do Aljube e é membro da Comissão Instaladora do Museu Nacional do Forte de Peniche. Recebeu a medalha do Ministério da Ciência em 2017. Em 2015, foi condecorado pelo presidente Jorge Sampaio com a Ordem da Liberdade.