ENTRE LENÇÓIS - Tinta da China
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A colecção de Livros Licenciosos apresenta uma divertida e muitíssimo picante novela, seguida de «Proezas de Frade ou Mistérios do Confessionário», que relata as escaldantes aventuras de um clérigo.

Entre Lençóis – Episódios Inocentes para Educação e Recreio de Pessoas Casadoiras foi escrito, na clandestinidade de um pseudónimo, por Cândido Figueiredo, ilustre lexicógrafo, presidente da Academia de Ciências de Lisboa e fundador da Sociedade de Geografia de Lisboa. Uma divertida e muitíssimo picante novela, definitivamente proibida a menores de 18 anos. Segue-se-lhe «Proezas de Frade ou Mistérios do Confessionário», um texto em verso também publicado no final do século XIX, de autor anónimo. A temática, muito comum na época, envolve um clérigo e as suas escaldantes aventuras. A linguagem, para dizer o mínimo, libertina, apanhará desprevenidos os leitores, a quem apenas o riso poderá salvar da apoplexia.

Cândido de Figueiredo

Cândido de Figueiredo (Lobão, Tondela, 19 de Setembro de 1846 – Lisboa, 26 de Setembro de 1925) foi um intelectual celebrado, poeta, escritor e jornalista.
Destinado à vida eclesiástica, fez os estudos preparatórios eclesiásticos e concluiu o curso de Teologia no seminário episcopal de Viseu, mas depois matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde concluiu a formatura em Direito.
Em 1876, fixou-se em Lisboa como advogado. Em 1881, foi nomeado secretário-geral da Bula da Cruzada e, no ano seguinte, professor provisório do Liceu Lisboa, passando a funcionário do Ministério da Justiça, onde chegou a subdirector-geral. Foi governador civil de Vila Real e secretário particular do ministro das Obras Públicas Bernardino Machado.
Como poeta, publicou o primeiro livro aos 20 anos, Quadros Cambiantes, recebido positivamente por Pinheiro Chagas, Castilho e Mendes Leal. Como jornalista, colaborou em numerosos periódicos, como PanoramaAljubarrotaLusitanaBem PúblicoNotícias (depois Diário Popular), CrisálidaRevista de Portugal e BrasilOcidente, entre muitos outros, tendo também fundado e dirigido A Capital. Uma das áreas em que se notabilizou foi a da língua portuguesa.
Como lexicólogo, dedicou-se à correcção de erros na ortografia, na prosódia e na sintaxe. Criou uma espécie de consultórios, como a secção «Falar e Escrever» no Diário de Notícias, mantendo uma secção semelhante no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro. Fez parte da comissão encarregada de fixar as bases da ortografia (1911) e elaborou o Novo Dicionário, que teve quatro edições em vida.
Pelo seu labor, Cândido de Figueiredo foi eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa em 1874, chegando a ser seu presidente. Era sócio do Instituto de Coimbra, da Sociedade Asiática de Paris, do Grémio Literário do Pará e da Real Academia Espanhola. Foi um dos fundadores, com Luciano Cordeiro, da Sociedade de Geografia de Lisboa.