ESTRANHO DEVER DO CEPTICISMO - Tinta da China
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Vinte anos de política, de história e de memória biográfica nas melhores crónicas de Mário Mesquita.

«Algumas das melhores peças jornalísticas e literárias da última década do século XX e da primeira do século XXI. [Mário Mesquita] é um intelectual empenhado na alquimia, na síntese de culturas e influências. […] aquilo que mais importa realçar é a sua inteireza, a total coerência e determinação, a sua coragem, a sua capacidade de não curvar nem ceder. Homens como ele ajudam a que as nossas vidas sejam melhores. Ajudam a que as sociedades sejam mais justas. O livro é um instrumento dessa luta necessária pela civilização e o progresso.»
— Eduardo Paz Ferreira, Jornal de Letras

«A sensação que se tem, ao lermos estes comentários reunidos, é que nenhum deles foi escrito outrora, todos são actuais e deles fazemos parte porque os seus juízos não são fechados nem definitivos, e o seu brado nunca é o de quem triunfa sobre os outros em certeza e sabedoria.
Publicados agora, estes comentários são um livro branco sobre o nosso estado de alma. Lido como deve ser, ele não só ajuda a redigir a nossa memória colectiva próxima como constitui um desafio para a criação de um novo documento cívico de que estamos carenciados. Ou por outras palavras, O Estranho Dever do Cepticismo não contém uma visão metafísica nem teleológica da história. Não precisa. O seu território de crença é bem outro. A nós, leitores, basta­‑nos compreender que um estranho desejo de que se erga uma nova fraternidade atravessa as suas páginas, e esse é um estímulo poderoso para intelectualmente não nos sentirmos sós.»
— Lídia Jorge

Mário Mesquita

Açoriano radicado em Lisboa desde os 17 anos, Mário Mesquita é jornalista e professor de Comunicação. Aos 21 anos ingressou nos quadros do jornal República (1971­‑1975), aos 25 era director-adjunto e aos 28 director do Diário de Notícias, cargo que deixou de exercer oito anos depois. No jornalismo, foi também director do Diário de Lisboa (1989­‑1990), colunista do Público, do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias.
Aos 19 anos, aderiu à Acção Socialista Portuguesa e, aos 23, foi membro fundador do Partido Socialista, tendo participado no Congresso de Bad Münstereifel, na Alemanha Federal. Após o 25 de Abril, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República, tendo sido um dos principais responsáveis pelo articulado da Constituição sobre a comunicação social. Em 1978, demitiu­‑se do partido, afastou­‑se da política profissional e renunciou ao mandato de deputado à Assembleia da República.
Licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica de Lovaina, ajudou a fundar a licenciatura em Jornalismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e leccionou na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, na qualidade de professor convidado. Ensina na Escola Superior de Comunicação Social e na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Foi administrador da Fundação Luso­‑Americana para o Desenvolvimento.