
GARRINCHA, O HERÓI TRÁGICO DO FUTEBOL
Ele foi a alegria do povo, o génio dos dribles, o improvável craque das pernas tortas e a grande estrela do Brasil nos Mundiais de 1958 e de 1962 — o jogador mais amado por um país inteiro, mesmo com o «rei» Pelé em campo. Mas para lá do mito e do futebol, Mané Garrincha teve uma vida dramática, que Ruy Castro acompanhou desde a infância selvagem e livre até à destruição pelo alcoolismo, escrevendo uma das melhores biografias alguma vez publicadas em língua portuguesa.
Estrela Solitária é uma história de amor, um filme de acção, o retrato de uma época, um combinado de felicidade e desventura — até porque nunca ninguém conseguiu conter os dribles de Garrincha, sobretudo aqueles que ele aplicava à sua vida.
«Os dois anos e meio em que convivi com a memória de Garrincha foram a retomada de uma admiração que começou num remoto domingo de novembro de 1958 quando o vi jogar pela primeira vez no Maracanã, no jogo Botafogo 3 x 2 Flamengo. Foi quando descobri, olhando para dentro de mim mesmo, que até os mais ardentes torcedores do Flamengo também eram Garrincha de coração.»
— Ruy Castro
Ruy Castro
Ruy Castro (Minas Gerais, 1948) é jornalista, biógrafo e escritor. Começou como repórter em 1967 e passou por todos os grandes veículos da imprensa carioca e paulistana. Começou a fazer livros em 1990 e nunca mais parou. Mais conhecido pelas aclamadas biografias de Carmen Miranda, Garrincha (Estrela Solitária, 2018) e Nelson Rodrigues (O Anjo Pornográfico, 2017), publicou também, entre muitos outros livros, o clássico Chega de Saudade: A história e as histórias da Bossa Nova (2016), o relato sobre o Rio de Janeiro Carnaval no Fogo (2017) e romances como Bilac Vê Estrelas (2017) ou Os Perigos do Imperador (2022). Toda a sua obra tem como cenário o Rio de Janeiro, a cidade onde vive. Em 2022, ganhou o Prémio Machado de Assis e foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. É colunista do jornal Folha de S. Paulo.