FAZEDOR DE UTOPIAS - Tinta da China

A história do líder da independência das colónias portuguesas em África. Uma reflexão lúcida e perspicaz sobre estes movimentos de libertação e os ideais que os impulsionaram.

«Amílcar Cabral nasceu guineense e cabo-verdiano, numa generosidade pan-africanista que, paradoxalmente, haveria de ser a sua desgraça. Tenho para mim que foi uma das figuras mais interessantes do século XX, uma espécie melhorada (muito melhorada mesmo) de Che Guevara africano. O facto de o seu nome e de a sua obra dizerem hoje tão pouco às novas gerações de intelectuais africanos, e de ser praticamente desconhecido fora do continente, afigura-se-me uma enorme injustiça. Este livro tenta devolver ao grande público essa figura maior de África. Fá-lo numa linguagem jornalística, apoiada numa investigação rigorosa. O facto de o seu autor, António Tomás, ser angolano, não me parece irrelevante. Trata-se de dar a ver um pensador e combatente africano numa perspectiva africana. Algo que teria certamente agradado a Amílcar Cabral.»
— José Eduardo Agualusa 

António Tomás

Nasceu em Luanda, em 1973. É jornalista e antropólogo e colabora frequentemente em vários órgãos da imprensa angolana, como o Jornal de Angola e o Angolense.
Começou a sua carreira de jornalista na Rádio Nacional de Angola, em 1991, e na Agência Angola Press, em 1992. Mais tarde, a residir em Lisboa, escreveu para vários periódicos, entre os quais o jornal Público, onde assinou recensões críticas sobre literatura africana.
Membro fundador do Grupo de Teatro Museu do Pau Preto, foi autor e co-autor de peças representadas em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente Museu do Pau Preto e Cabral.
Actualmente, divide as suas tarefas profissionais entre Luanda, Lisboa e Nova Iorque, onde se doutorou em antropologia na Universidade de Columbia sob o tema: «Os efeitos da dolarização no nível de vida das populações em Angola».
A obra O Fazedor de Utopias – uma biografia de Amílcar Cabral foi publicada em Cabo Verde pela Editora Spleen.