
Galardoada com o Pen Award para a não ficção, uma análise do choque entre a razão e a religião no mundo moderno. Um livro provocador e desconcertante.
Os americanos reagiram ao 11 de Setembro com fé. Atacados em nome de Deus, procuraram conforto em Deus… Sam Harris teve uma outra reacção: no dia 12 de Setembro, começou a escrever um livro…
Em O Fim da Fé, Sam Harris propõe-nos uma viagem histórica da qual emerge a nossa propensão para suspender o uso da razão em prol das crenças religiosas, mesmo quando estas inspiram as piores atrocidades humanas. Harris defende que, face à proliferação das armas de destruição maciça, não podemos esperar que a humanidade sobreviva indefinidamente às divergências religiosas. A fé é apresentada como a principal fonte de violência mundial, na medida em que é ela que lança as bases para a intolerância dogmática e que «justifica» o tratamento inumano das populações que professam (ou que não professam) outros credos. A «moderação» religiosa ou ateísta é igualmente contestada, pois contém em si perigos consideráveis. Já nos acostumámos a viver numa sociedade em que a fé não é questionada e se encontra protegida numa espécie de santuário, abrigada do debate público e alheia aos critérios de análise próprios da razão humana.
Sam Harris
Sam Harris (1967) é formado em Filosofia pela Universidade de Stanford. Ao longo de 20 anos, estudou as tradições religiosas ocidentais e orientais, bem como diversas disciplinas espirituais. É doutorado em Neurociências, tendo estudado a base neural da crença, da descrença e da incerteza. As suas teses acerca dos perigos que a religião coloca à humanidade têm sido debatidas nos principais jornais e programas televisivos dos EUA.
Colabora em publicações como a Newsweek, Los Angeles Times, Times of London, Boston Globe. É autor de Letter to a Christian Nation (2006), em que responde contundentemente aos inúmeros comentários de contestação que recebeu a propósito do lançamento de O Fim da Fé.