GRANDE INCÊNDIO DO CHIADO - Tinta da China
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25 anos depois do grande incêndio que mudou o rosto da Baixa de Lisboa, um livro com fotografias do dia da catástrofe, captadas por Alfredo Cunha, Rui Ochoa, Fernando Ricardo e José Carlos Pratas.

«Era um dia luminoso de Verão e de céu muito azul. Mas Lisboa acordara, a 25 de agosto de 1988, com o fogo e o fumo a asfixiarem o Chiado. O vento alastrava, com intensidade crescente, chispas, faíscas e centelhas de fogo que se acumulavam na Baixa, noutras áreas da cidade, atravessavam o Tejo e chegavam até longe. Os Armazéns Grandela e os do Chiado ficaram rapidamente destruídos. O incêndio foi considerado circunscrito cerca das nove horas da manhã.
Os trabalhos de rescaldo prolongaram‑se até 5 de setembro.
Durante alguns anos, o Chiado ostentou o cenário macabro de prédios devorados pelas chamas. À medida que se foram removendo os escombros e se concluíram as obras, passou a registar‑se uma surpreendente animação. O Chiado adquiriu um novo fôlego. O público regressou aos teatros, o comércio modernizou‑se. As pessoas voltaram a residir no Chiado. A literatura, a arte, a música, o teatro, a moda, a gastronomia voltaram a irradiar. Gente de todo o mundo, mal chega a Lisboa, desloca‑se ao Chiado: aos novos cafés, aos novos restaurantes, aos novos hotéis e às novas esplanadas. As imagens selecionadas e publicadas neste livro, da autoria de Rui Ochoa, Alfredo Cunha, Fernando Ricardo e José Carlos Pratas, obtidas muitas vezes em situações de alto risco, constituem a grande reportagem da tragédia de 25 de agosto de 1988. Documentam a amplitude do incêndio e as horas de inquietação que se viveram. Todavia, além do registo factual, também evidenciam quatro notáveis fotógrafos, com modos distintos de olhar e de sentir a realidade.»
—António Valdemar