
«Há no medo qualquer coisa de íntimo. Não é de se andar a exibir por aí, sem mais nem menos. Nunca confessaremos a ninguém todos os nossos medos. Nem a nós próprios. Alguns, de tão recônditos, manifestam-se por caminhos ínvios. São múltiplas as suas declinações. Condenados ao medo, é o que soubermos fazer dele que ditará o desastre ou a salvação. Como uma flor carnívora, o medo fascina e repugna.»
— Carlos Vaz Marques
Textos de Svetlana Alexievich, Clara Ferreira Alves, Ana Luísa Amaral, Alexandra Lucas Coelho, Rachel Cusk, Janine Di Giovanni, António Gregório, Robert Macfarlane, Pedro Rosa Mendes, Paulo Moura, Rosa Oliveira, Gustavo Pacheco, Valério Romão, Aman Sethi, Helena Vasconcelos
Ensaio fotográfico de Daniel Blaufuks
Ilustrações de João Fazenda
Capa de Jorge Colombo
Carlos Vaz Marques
Carlos Vaz Marques (1964) é jornalista, tradutor e editor.
É co-autor e coordenador do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, que sucede ao programa Governo Sombra, criado em 2008 na companhia de Pedro Mexia, João Miguel Tavares e Ricardo Araújo Pereira, e actualmente emitido pela SIC Notícias.
É autor premiado também na rádio como na televisão, destacando-se, entre essas distinções, o Prémio de Jornalismo Científico pela reportagem «Dari, Primata Como Nós», sobre os chimpanzés da Guiné-Bissau, e o Prémio Autores, conquistado por três vezes: com o programa radiofónico Pessoal e… Transmissível, com o programa Governo Sombra e com a série documental emitida pela RTP Herdeiros de Saramago.
Foi, até 2018, o director da revista literária Granta Portugal, publicada pelas Edições Tinta-da-china desde 2013.
Dirige, também na editora Tinta-da-china, a Colecção de Literatura de Viagens, já com mais de meia centena de títulos publicados.
Traduziu mais de uma dezenas de obras literárias e tem quatro livros de entrevistas publicados, um deles no Brasil.