IMAGENS IMAGINADAS - Tinta da China
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«A arte não se ocupa da felicidade? Quem disse? A felicidade não é apenas a euforia, e a euforia ruidosa. Pierre Bonnard, que acreditava na pintura, na natureza e na mulher, passou a vida inteira a representar, ou antes, a imaginar de novo, a pequena felicidade do visível. Uma felicidade discreta mas exigente, quotidiana mas altíssima. Que passa mas que sobrevive nos quadros, visível e enigmática. Uma felicidade que se contenta com pouco porque esse pouco é muito. Que acredita naquilo que vê porque vê aquilo em que acredita.»

Imagens Imaginadas reúne as crónicas que Pedro Mexia escreveu na última década acerca de quadros, exposições, pintores, fotógrafos. Imagens que formaram o nosso imaginário e a nossa imaginação. Imagens que imaginamos.

Pedro Mexia

Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciou‑se em Direito pela Universidade Católica. Escreveu crítica literária e crónicas para os jornais Diário de Notícias e Público. Actualmente colabora com o semanário Expresso. É um dos membros do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (SIC Notícias) e mantém, com Inês Meneses, o programa PBX. Foi subdirector e director interino da Cinemateca.
Publicou sete livros de poesia, antologiados em Poemas Escolhidos (2018). Editou os volumes de diários Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009), Lei Seca (2014) e Malparado (2017), e as colectâneas de crónicas Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013), Biblioteca (2015), Lá Fora (2018, vencedor do Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores) e Imagens Imaginadas (2019).
Organizou um volume de ensaios de Agustina Bessa‑Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia; a antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa [com José Tolentino Mendonça]; O Homem Fatal, crónicas escolhidas de Nelson Rodrigues; e Nada Tem já Encanto, antologia poética de Rui Knopfli. Traduziu Robert Bresson, Tom Stoppard, Hugo Williams, Martin Crimp e David Mamet. Coordena a colecção de poesia da Tinta‑da‑china e dirige, com Gustavo Pacheco, a revista Granta em Língua Portuguesa. Em 2015 e 2016 integrou o júri do Prémio Camões.