
«O livro é, sobretudo, uma colecção de tipos impagáveis, personagens romanescas desenhadas com profundidade, verdade e compaixão. […] A vida e Bellow no seu melhor.»
— Ana Cristina Leonardo, Expresso
«O ar, o próprio ar, é inspirador em Jerusalém, foram os Sábios que o disseram. Estou disposto a acreditar nisso. Eu sei que deve ter propriedades especiais. A delicadeza da luz também me afecta. Olho lá para o fundo, na direcção do Mar Morto, por sobre rochedos fendidos e casinhas com telhados bolbosos. A cor dos telhados é a do chão, e no meio daquela paisagem estranha e mortiça o ar abrasador cai sobre nós com um peso quase humano. Aquelas cores comunicam algo de inteligível, algo de metafísico. O universo interpreta-se a si mesmo perante os nossos olhos no espaço aberto do vale de rochas espalhadas que se estende até às águas mortas. Noutros locais, morremos e desintegramo-nos. Aqui morremos e misturamo-nos no todo.»
— Saul Bellow
«Um livro sobre a capacidade empreendedora de um país acantonado entre os seus inimigos e o mar.»
— Carlos Vaz Marques
Saul Bellow
Saul Bellow (1915-2005) foi o único romancista a receber três National Book Awards, por As Aventuras de Augie March, Herzog e O Planeta do Sr. Sammler.
Em 1975, ganhou o Prémio Pulitzer pelo romance Humboldt’s Gift. O Nobel da Literatura foi-lhe atribuído em 1976 «pelo entendimento humano e pela subtil análise da cultura contemporânea que se combinam na sua obra». Em 1988 e 1990, Saul Bellow recebeu, respectivamente, a National Medal of Arts e a National Book Award Foundation Medal (pela sua notável contribuição para as letras americanas).
Publicou, entre outras obras, Na Corda Bamba (1944), A Vítima (1947), As Aventuras de Augie March (1953), Aproveita o Dia (1956), Henderson, o Rei da Chuva (1959), Herzog: Um Homem do Nosso Tempo (1964), O Planeta do Sr. Sammler (1970), A Organização Bellarosa (1989), Uma Recordação Minha (1991), A Autêntica (1997) e Ravelstein (2000).