
«O primeiro livro de Matilde Campilho é um acontecimento precioso em língua portuguesa.»
— Gustavo Rubim, Público
«Jóquei, o primeiro livro de poemas de Matilde Campilho, é um álbum de Verão. Um Verão de todas as estações, transatlântico, luso-brasileiro na topografia Rio-Lisboa, com um português em dupla nacionalidade e dupla grafia, coloquial e feliz, saudoso e complicado. Os poemas, em verso e prosa, assemelham-se a climogramas, medem atmosferas e temperaturas. Contam muitas vezes histórias de trintões com a coragem de adolescentes, meninos e meninas em mergulhos desmedidos e destemidos, com deslumbramentos e desapegos, amores mercuriais, ternuras e enigmas. Isto são poemas, diz-se a dado passo, mas de que fala um poema? De tudo: botecos e viagens, Eliot e o Financial Times, a vibração de um corpo humano e um emblema da Federação Uruguaia de Esgrima. Entusiasta e inventivo, Jóquei recorre a diminutivos e hipérboles, a enumerações e anáforas, a uma imagética fulgurante e a bastantes referências herméticas, quase sempre para nos garantir que ‘esta coisa da alegria ainda vai dar muito certo’. É uma crónica (ou crônica) do achamento, que descobre um novo mundo numa antiga língua comum.»
— Pedro Mexia
Matilde Campilho
Matilde Campilho nasceu em Lisboa, em 1982. O seu primeiro livro, Jóquei, saiu em 2014, pela Tinta-da-china, e foi entretanto editado no Brasil e em Espanha. Em 2020, publicou Flecha, um livro em prosa, de histórias breves. Publicou textos em diversas revistas nacionais e internacionais: Granta, New Observations, Berlin Quarterly, Bat City Review, Prima, The Common, St. Petersburg Review, Luvina, GQ.
Tem um programa de rádio na Antena 3. Vive e trabalha em Lisboa.
[Crédito da fotografia: Ana Paganini.]