MENSAGEM (bolso) - Tinta da China
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EDIÇÃO COM CANTOS REDONDOS E ORTOGRAFIA ACTUALIZADA.

Fernando Pessoa pôs Mensagem à venda a 1 de Dezembro de 1934 – dia da Restauração da Independência –, «propositadamente», embora o livro já tivesse sido impresso em Outubro desse ano. Desde então, muito se disse e escreveu sobre os 44 poemas que compõem este livro-pátrio, visão de Portugal oferecida por um anunciado «supra-Camões».

Ao desejo pessoano de «construir, pelo simples poder do sonho, uma pátria desde sempre perdida», responde hoje a mais completa edição da Mensagem, esse mito, que «é o nada que é tudo». Além dos poemas, incluem-se testemunhos desconhecidos, ligeiras alterações ao cânone textual e sua datação, e um posfácio de António Cirurgião que ajuda a iluminar aspectos menos conhecidos de uma obra que dificilmente revela de imediato os seus múltiplos sentidos e que, por mais que se analise, vai permanecendo uma aventura em aberto para todos os corajosos leitores-argonautas.

Colecção dirigida por Jerónimo Pizarro

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa (1888-1935) é hoje o principal elo literário de Portugal com o mundo. A sua obra em verso e em prosa é a mais plural que se possa imaginar, pois tem múltiplas facetas, materializa inúmeros interesses e representa um autêntico património colectivo: do autor, das diversas figuras autorais inventadas por ele e dos leitores.
Algumas dessas personagens, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, Pessoa denominou «heterónimos», reservando a designação de «ortónimo» para si próprio. Director e colaborador de várias revistas literárias, autor do Livro do Desassossego e, no dia-a-dia, «correspondente estrangeiro em casas comerciais», Pessoa deixou uma obra universal em três línguas que continua sendo editada e estudada desde que escreveu, antes de morrer, em Lisboa, «I know not what tomorrow will bring» [«Não sei o que o amanhã trará»].