
O INFAME REGRESSO DO DIÁRIO DE O MEU PIPI
«Não é por acaso, evidentemente, que esta edição celebra o duplo septénio do lançamento d´O Meu Pipi. Os ecos bíblicos do número 14 não me são indiferentes, e guardo junto do coração o célebre episódio em que José interpreta o sonho do Faraó, no qual sete vacas magras sobem do Nilo e devoram sete vacas gordas (Génesis, 41: 1-4). Já não recordo o significado que José descortinou no sonho, mas 14 vacas a comerem-se umas às outras traz-me sempre à lembrança uma festa em que tive o gosto de participar, no Verão de 1998, num segundo andar da Avenida de Roma. Glória a Vós, Senhor.»
EDIÇÃO REVISTA E MASTURBADA, COM BOMBADAS INÉDITAS
Pipi
Pipi nasceu no século XX, curiosamente em resultado de uma cópula. Talvez tenha começado aí o seu interesse pelo fornício, acentuado por um incidente ocorrido no decurso do supracitado concúbito: precisamente no momento da concepção, sua mãe perguntou a seu pai se ele tinha dado corda ao godemichet. Era um godemichet antigo, constituído por maquinaria complexa que requeria bastante tensão nas engrenagens, e a boa senhora costumava espetá-lo na regueifa quando o nabo do marido laborava no pachocho, ou no pachocho quando o mesmo nabo laborava na regueifa. Seu pai desconcentrou-se e emitiu descarga tão forte que engasgou o falópio.
Pipi aprecia contemplar o belo, buscar o mistério das coisas e escachar bordas à bruta.