UM RELATO APROFUNDADO SOBRE O DIA-A-DIA DAS RECLUSAS DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL FEMININO DE ODEMIRA.
Em Mulheres Condenadas, o leitor é convidado a «entrar na prisão» — que, neste caso, tem apenas cinquenta camas e se situa numa sossegada vila alentejana — e, através das narrativas das reclusas, compreender os sentidos e significados da punição.
Lugar de ambivalências, a prisão continua a despertar medo e curiosidade. Muitas histórias se escondem atrás dos muros, onde o tempo fica suspenso, numa interrupção involuntária da vida em sociedade. Mas o que sabemos sobre quem ali vive? Considerando trajectórias pessoais, experiências de violência, exclusão social e pobreza, bem como o contexto da prática de crimes e de encarceramento, este livro assume-se como um contributo para a reflexão sobre o sistema penitenciário português.
Catarina Frois
Catarina Frois é professora auxiliar com agregação no Departamento de Antropologia do ISCTE e actualmente desempenha a função de presidente no Centro em Rede de Investigação em Antropologia. O seu trabalho centra-se no estudo da marginalidade, do crime e da segurança numa perspectiva interseccional em torno de justiça e direitos humanos. Entre as suas várias publicações destacam-se: Prisões (Fundação Francisco Manuel dos Santos), Female Imprisonment: An anthropology of everyday life in confinement (Palgrave Macmillan), Mulheres Condenadas: Histórias de dentro da prisão (Tinta-da-china), Peripheral Vision: Politics, technology and surveillance (Berghahn) e a coordenação do volume (com Mark Maguire e Nils Zurawski) The Anthropology of Security: Perspectives from the frontline of policing, counter-terrorism and border control.