
UM RELATO APROFUNDADO SOBRE O DIA-A-DIA DAS RECLUSAS DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL FEMININO DE ODEMIRA.
Em Mulheres Condenadas, o leitor é convidado a «entrar na prisão» — que, neste caso, tem apenas cinquenta camas e se situa numa sossegada vila alentejana — e, através das narrativas das reclusas, compreender os sentidos e significados da punição.
Lugar de ambivalências, a prisão continua a despertar medo e curiosidade. Muitas histórias se escondem atrás dos muros, onde o tempo fica suspenso, numa interrupção involuntária da vida em sociedade. Mas o que sabemos sobre quem ali vive? Considerando trajectórias pessoais, experiências de violência, exclusão social e pobreza, bem como o contexto da prática de crimes e de encarceramento, este livro assume-se como um contributo para a reflexão sobre o sistema penitenciário português.
Catarina Frois
Catarina Frois (1976) é doutorada em Antropologia, investigadora no Centro em Rede de Investigação em Antropologia e professora auxiliar convidada no departamento de Antropologia do ISCTE-IUL.
Entre as suas obras mais recentes, detacam-se The Anthropology of Security. Perspectives from the Frontline of Policing, Counter-terrorism and Border Control (com M. Maguire e N. Zurawski, 2014, Pluto Press), Peripheral Vision: Politics, Technology and Surveillance (2013, Berghahn), Vigilância e Poder (2011, Mundos Sociais) e A Sociedade Vigilante: Ensaios sobre Identificação, Vigilância e Privacidade (2008, Imprensa de Ciências Sociais).