MUNDO DOS VIVOS - Tinta da China
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De Molière a Laura Dekker, passando por Tintin, Kundera, Polanski, Bugs Bunny, Chico Buarque, Calimero, Cláudia Vieira e Salman Rushdie. Eis a vida exemplar de escritores, músicos, cineastas, actores, intelectuais, personagens de ficção e ilustres anónimos. Através desta lente, deste olhar sobre os outros, vamos conhecendo o próprio autor.

«Para tentar classificar algumas das minhas crónicas tenho, às vezes, usado a duvidosa expressão ‘jornalismo com saudade da literatura e literatura com remorsos de ser jornalismo’. Tal caracterização adequa-se melhor às crónicas de Pedro Mexia, a maior parte delas contos verdadeiros se não verdadeiros contos, do que às minhas. […] Aprende-se muito com estas crónicas de Pedro Mexia (eu aprendi), quer acerca da literatura e outas artes – fotografia, BD, música, cinema, teatro, ou mesmo design publicitário; e, principalmente, da conturbada e incansável arte da vida, não é por acaso que a presente recolha se intitula O Mundo dos Vivos – quer acerca da complexa, e não raro sórdida, natureza dos homens e das sociedades humanas; e, sim, há aqui muita informação, isto é, muito jornalismo. E aprende-se com inesperado prazer, coisa essa, o prazer de ler, quase tão improvável de encontrar hoje em jornais quanto informação desinteressada.»
— Manuel António Pina

Pedro Mexia

Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciou‑se em Direito pela Universidade Católica. Escreveu crítica literária e crónicas para os jornais Diário de Notícias e Público. Actualmente colabora com o semanário Expresso. É um dos membros do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (SIC Notícias) e mantém, com Inês Meneses, o programa PBX. Foi subdirector e director interino da Cinemateca.
Publicou sete livros de poesia, antologiados em Poemas Escolhidos (2018). Editou os volumes de diários Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009), Lei Seca (2014) e Malparado (2017), e as colectâneas de crónicas Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013), Biblioteca (2015), Lá Fora (2018, vencedor do Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores) e Imagens Imaginadas (2019).
Organizou um volume de ensaios de Agustina Bessa‑Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia; a antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa [com José Tolentino Mendonça]; O Homem Fatal, crónicas escolhidas de Nelson Rodrigues; e Nada Tem já Encanto, antologia poética de Rui Knopfli. Traduziu Robert Bresson, Tom Stoppard, Hugo Williams, Martin Crimp e David Mamet. Coordena a colecção de poesia da Tinta‑da‑china e dirige, com Gustavo Pacheco, a revista Granta em Língua Portuguesa. Em 2015 e 2016 integrou o júri do Prémio Camões.