MURMÚRIO DO MUNDO - Tinta da China

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«O seu Requiem, menos pelo império havido que pelo império perdido e, por perdido, mais sublimado que o de Camões, é o triunfo puro da ficção. E o regresso de um grande romancista ao prazer, sem melancolia, da ficção.», Eduardo Lourenço, Prefácio

«O viajante ocidental que pela primeira vez chega a Goa e Cochim enfrentará provavelmente a vertigem do caos à sua volta e dentro de si. Quando começa a familiarizar­‑se com a estonteante exuberância e com as contradições coexistentes, quando julga começar a entender a complexidade das castas, dos cultos e costumes tão diferentes, quando começa a fixar nomes, imagens, atributos dos deuses, tudo lhe foge de súbito, tudo se torna de novo confuso, como se o véu de Maia voltasse a cobrir a indecifrável irrealidade da Índia real.»
Almeida Faria

Na imprensa:
«Se faltasse alguma prova para demonstrar que a escrita de viagens é essencial à ideia de literatura, este livro de Almeida Faria bastaria para a suprir. Não é só o título – O Murmúrio do Mundo – que consegue, sozinho, ser outro nome da literatura. É o próprio subtítulo, A Índia Revisitada, que não oculta alusões evidentes (incluindo a um famoso ensaio de Eduardo Lourenço, que assina o prefácio), quer sejam à tradição literária portuguesa e a um dos seus grandes mitos, quer a toda a literatura enquanto revisitação incessante: rescrita, releitura, regresso aos mesmos lugares que nunca são os mesmos. […] Não se fica com inveja do viajante, fica-se-lhe grato pela generosa magia de converter vários dias de viagem em menos de cento e cinquenta páginas de puro prazer para a imaginação e a inteligência.»
— Gustavo Rubim, Público

«Almeida Faria fez a sua viagem à Índia e chamou ao livro que dela resultou O Murmúrio do Mundo (ilustrado por Bárbara Assis Pacheco). É uma ideia própria do romantismo, a de um rumor do mundo que os românticos se propunham decifrar e traduzir. […] O filtro da distância reflexiva está quase sempre presente, e é ela que determina o tom elegante e subtil da prosa.»
António Guerreiro, Expresso

Almeida Faria

Almeida Faria nasceu em 1943. Na Universidade Nova de Lisboa ensinou Estética em cursos de Filosofia. Noutros departamentos, deu cursos de Psicologia da Arte e Teoria da Literatura. Os seus livros estão traduzidos em muitas línguas e são estudados em vários países. Pelo conjunto da sua obra recebeu o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora e o Prémio Universidade de Coimbra.