
«Uma obra completa que vem preservar o registo histórico, impedindo que a memória se desvaneça ou que as falsas memórias se instalem de vez.»
— Daily Telegraph
Na noite de 12 para 13 de Agosto de 1961, numa operação surpresa que deixaria os governos ocidentais estupefactos, a República Democrática da Alemanha construiu à pressa uma vedação de arame farpado, dividindo a cidade de Berlim em dois. Da vedação ao cimento armado, familiares e amigos foram dramaticamente separados, milhões de habitantes da Alemanha de Leste ficaram retidos, a Alemanha Ocidental ficou completamente cercada no sector soviético.
Quem hoje se deslocar à cidade de Berlim, terá dificuldade em reconhecer os locais outrora atravessados pelo Muro. A geração que nasceu em 1989 estará prestes a iniciar a universidade ou a vida de trabalho, sem vestígios daquele que foi em tempos (recentes) um dos edifícios mais marcantes para a história política do Ocidente. Excepção feita a esta geração, julgamos que a história do Muro é bem conhecida, à custa de muitos artigos de jornal e da televisão. Mas, conforme demonstra a investigação de Frederick Taylor, a história do Muro segue percursos sinuosos e inesperados, e esconde segredos, muitos dos quais só agora revelados, outros já esquecidos mas a precisar de reabilitação.
Sendo fruto das enormes tensões entre os Aliados e a União Soviética e simbolizando plenamente os perigos e os absurdos que a humanidade viveu ao longo de décadas, a história da Muro é, na verdade, a história da Guerra Fria e de uma crise potencialmente catastrófica entre o Leste e o Ocidente – pela primeira vez, o mundo enfrentava a ameaça de um apocalipse nuclear iminente, medo que só desapareceria na histórica noite de 9 de Novembro de 1989.
Frederick Taylor
Frederick Taylor nasceu em Aylesbury, Inglaterra. Em 1967, recebeu uma bolsa para a Universidade de Oxford, onde estudou História e Línguas Modernas. Fez estudos de pós-graduação na Universidade de Sussex e, tendo recebido uma bolsa da Volkswagen, iniciou uma exaustiva viagem de pesquisa pela Alemanha Ocidental e de Leste, aprofundando a sua investigação sobre a extrema-direita alemã no período anterior a 1918.
Desempenhou funções de editor, é autor de quatro romances e argumentista. Traduziu e editou em língua inglesa Os Diários de Goebbels (1939-41). É autor do bestseller de não ficção Dresden: Tuesday, 13 February 1945.