MURO DE BERLIM - Tinta da China
30%

«Uma obra completa que vem preservar o registo histórico, impedindo que a memória se desvaneça ou que as falsas memórias se instalem de vez.»
Daily Telegraph

Na noite de 12 para 13 de Agosto de 1961, numa operação surpresa que deixaria os governos ocidentais estupefactos, a República Democrática da Alemanha construiu à pressa uma vedação de arame farpado, dividindo a cidade de Berlim em dois. Da vedação ao cimento armado, familiares e amigos foram dramaticamente separados, milhões de habitantes da Alemanha de Leste ficaram retidos, a Alemanha Ocidental ficou completamente cercada no sector soviético.
Quem hoje se deslocar à cidade de Berlim, terá dificuldade em reconhecer os locais outrora atravessados pelo Muro. A geração que nasceu em 1989 estará prestes a iniciar a universidade ou a vida de trabalho, sem vestígios daquele que foi em tempos (recentes) um dos edifícios mais marcantes para a história política do Ocidente. Excepção feita a esta geração, julgamos que a história do Muro é bem conhecida, à custa de muitos artigos de jornal e da televisão. Mas, conforme demonstra a investigação de Frederick Taylor, a história do Muro segue percursos sinuosos e inesperados, e esconde segredos, muitos dos quais só agora revelados, outros já esquecidos mas a precisar de reabilitação.
Sendo fruto das enormes tensões entre os Aliados e a União Soviética e simbolizando plenamente os perigos e os absurdos que a humanidade viveu ao longo de décadas, a história da Muro é, na verdade, a história da Guerra Fria e de uma crise potencialmente catastrófica entre o Leste e o Ocidente – pela primeira vez, o mundo enfrentava a ameaça de um apocalipse nuclear iminente, medo que só desapareceria na histórica noite de 9 de Novembro de 1989.

Frederick Taylor

Frederick Taylor nasceu em Aylesbury, Inglaterra. Em 1967, recebeu uma bolsa para a Universidade de Oxford, onde estudou História e Línguas Modernas. Fez estudos de pós-graduação na Universidade de Sussex e, tendo recebido uma bolsa da Volkswagen, iniciou uma exaustiva viagem de pesquisa pela Alemanha Ocidental e de Leste, aprofundando a sua investigação sobre a extrema-direita alemã no período anterior a 1918.
Desempenhou funções de editor, é autor de quatro romances e argumentista. Traduziu e editou em língua inglesa Os Diários de Goebbels (1939-41). É autor do bestseller de não ficção Dresden: Tuesday, 13 February 1945.