NO CAMPO - Tinta da China
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VERSÃO DE PEDRO MEXIA DA EMBLEMÁTICA PEÇA DE MARTIN CRIMP, UM DOS MAIS IMPORTANTES DRAMATURGOS EUROPEUS DO PÓS-GUERRA

«Quando Crimp mostra um casal que se mudou para o campo para fugir aos males da grande cidade, logo demonstra que aquilo que estava mal na cidade continua mal no campo: dependências, inseguranças, infidelidades, brutalidades. Podemos fugir mas não nos podemos esconder. Porém, No Campo não é um texto programático. Tal como Pinter, Crimp nunca desvenda por completo o enigma, que é antes de mais uma questão de linguagem. E quando uma personagem diz: ‘Foi isto que aconteceu’, a outra pergunta de imediato: ‘E o que é que aconteceu?’»
— Pedro Mexia

Richard, um médico, e a sua mulher, Corinne, mudam-se para o campo com os filhos (que nunca vemos). Querem libertar-se de vícios, evitar tentações, reconstruir a vida. Um dia, Richard traz para casa Rebecca, uma rapariga que diz ter encontrado desmaiada na estrada. O quotidiano campestre e aparentemente bucólico do casal é então subitamente perturbado, e regressam todos os fantasmas da anterior vida urbana. Desconcertante, misteriosa e violenta, No Campo é uma das mais importantes peças de Martin Crimp.

Martin Crimp

Martin Crimp (1956, Dartford, Reino Unido) é um dos dramaturgos mais representados e traduzidos na Europa. Estudou Literatura Inglesa em Cambridge. Escreveu Love Games, a primeira peça, em 1982. Foi dramaturgo residente no Orange Tree Theatre, Richmond, e, mais tarde, no Royal Court Theatre, onde conquistou público e notoriedade, nomeadamente com as peças No One Sees the Video (1990), Getting Attention (1991), The Treatment (1993), (A)tentados (1997), The Country (2000), Face to the Wall (2002), Fewer Emergencies (2005), The City (2008) e In the Republic of Happiness (2012). Traduziu Molière, Ionesco, Koltès, Genet, Marivaux, Tchékhov, Ferdinand Bruckner e Botho Strauss, escreveu dois libretos e o argumento do filme Angel, realizado por François Ozon.