NOVELA DO GORDO ENTALHADOR - Tinta da China
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UM ENGANO CRUEL QUE  SE TORNOU UM CLÁSSICO, PELA PRIMEIRA VEZ TRADUZIDO EM  PORTUGAL NA SUA MAIS FAMOSA VERSÃO

«E se uma das coisas que nos são mais caras, a nossa narcisista identidade individual, dependesse em última análise de um consenso social? Se, por meio de uma conspiração bem urdida e executada sem falhas, esse consenso desaparecesse? A resposta dada nesta Novela do Gordo Entalhador, inspirada, como se diz hoje, em acontecimentos reais, é contundente: sem a comunidade que nos rodeia e que nos reconhece — quem somos, a começar pelo nome que temos — a nossa existência torna-se periclitante e o chão como que começa a girar debaixo dos nossos pés até à vertigem. É o que acontece ao pobre e involuntário protagonista da narrativa, o entalhador Manetto Ammannatini, conhecido como ‘o Gordo’, que, durante alguns dias, é vítima de uma brutal expropriação de identidade, orquestrada por artistas como Brunelleschi e Donatello.»

Inclui três novelas do Decameron, de Giovanni Boccaccio

Tradução, apresentação e notas de André Belo

 

Antonio Manetti

Antonio T. Manetti nasceu em Florença em 1423 e morreu na mesma cidade em 1497. Membro da elite política florentina, matemático, astrónomo e historiador da arte, escreveu uma biografia de Filippo Brunelleschi que foi fonte para os escritos de Giorgio Vasari. A sua versão de A Novela do Gordo Entalhador, que faz díptico com a sua Vida de Brunelleschi, é a mais conhecida e literariamente mais elaborada deste famoso texto que conta a beffa (partida) de que foi vítima o entalhador Manetto di Jacopo Ammanatini.