NU, DE BOTAS - Tinta da China
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«Ler este livro me fez rir e chorar e depois rir de novo do ridículo que foi chorar no aeroporto e chorar pelo ridículo que é ficar rindo e chorando no aeroporto e acabar perdendo o voo e pensar: que bom, vou poder rir e chorar mais um pouquinho.»
— Gregorio Duvivier

No princípio, era a infância. E é até aí que Antonio Prata regressa em Nu, de Botas, construindo a partir dessas memórias um universo com tonalidades de final de tarde na praia, sons de comboios inventados em caixas de areia e o cheiro do jantar a ser preparado enquanto há desenhos-animados na televisão.
Com o sentido de humor que o transformou num dos mais amados cronistas da sua geração no Brasil, e com a rara capacidade de elevar a perspectiva da criança acima do saudosismo do adulto, este livro faz com que qualquer pessoa tenha vontade de ganhar uma BMX vermelha, se indigne com a obrigação de usar cuecas, se ria da leitura da sílaba que junta as letras C e U, e sinta aquele aperto na barriga perante três perguntas que só são simples na aparência: Sim? Não? Talvez? 

Antonio Prata

Antonio Prata (São Paulo, 1977) é escritor e guionista. Escreve na Folha de São Paulo, e passou pela revista Capricho e pelo jornal O Estado de S. Paulo. É também autor de guiões para a Rede Globo, onde participou na escrita da novela Avenida Brasil, um dos maiores sucessos de audiências do canal.
Publicou vários livros de contos e crónicas, entre os quais O inferno atrás da pia (2004), Trinta e poucos (2016), Meio Intelectual, Meio de Esquerda (Tinta-da-china, 2016) e Nu, de Botas (Tinta-da-china, 2017). Em 2012, foi incluído na edição brasileira da revista Granta como um dos vinte melhores escritores com menos de 40 anos.