
UMA REFLEXÃO SOBRE AS MÚLTIPLAS VIDAS DO PASSADO COLONIAL PORTUGUÊS
Como se edificou o colonialismo português? De que forma a guerra colonial se constituiu como a sua etapa derradeira? Qual a memória dominante sobre este período histórico e que disputas públicas se têm expressado nos últimos anos?
A memória da guerra, do colonialismo e da descolonização é uma realidade viva no Portugal democrático, apesar de ainda ser necessário aprofundar o debate que uma questão desta magnitude convoca. Num momento em que nos preparamos para celebrar os 50 anos do 25 de Abril e da revolução, enfrentar essa memória e os efeitos do colonialismo implica fazer uma reflexão indispensável sobre o Portugal de ontem, de hoje e de amanhã.
Miguel Cardina
Miguel Cardina é historiador e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Coordenou o projeto de investigação «CROME – Crossed Memories, Politics of Silence. The Colonial-Liberation Wars in Postcolonial Times», financiado pelo ERC (European Research Council). É autor ou coautor de vários livros, capítulos e artigos sobre colonialismo, anticolonialismo e guerra colonial; história das ideologias políticas nas décadas de 1960 e 1970; e dinâmicas entre história e memória.