
A ESTREIA EM PORTUGAL DE UM DOS MAIS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS AUTORES BRASILEIROS, REI DO HUMOR E DO NONSENSE
No Verão de 1958, durante uma visita ao Museu Histórico de Filadélfia, Hilário, narrador-personagem desta história, é confrontado com a existência de um púcaro búlgaro, apesar de todas as dúvidas sobre a existência da própria Bulgária. Para superar essas dúvidas, comprometeu-se a partir de então com a descoberta do país — e com a escrita deste Diário —, reunindo um peculiar grupo de expedicionários, composto inclusivamente por um Expedito.
O último romance de Campos de Carvalho, autor que chega finalmente a Portugal, é, como toda a sua obra, uma celebração do caos da existência, dos absurdos da realidade e das hilariantes inconsistências do dia-a-dia. Afinal, toda a gente anda em busca de alguma Bulgária perdida.
«Do que se passou e sobretudo do que não se passou nessa expedição já famosa é o relato que se vai ler em seguida, o mais pormenorizado e o mais honesto possível, embora tenha sido reduzido ao mínimo para que pudesse caber num só volume e mesmo num só século — o que afinal se conseguiu.»
Campos de Carvalho
Walter Campos de Carvalho nasceu em Uberaba, Brasil, a 1 de Novembro de 1916. Licenciou-se na Faculdade de Direito, em São Paulo, em 1938, e entrou depois para a Procuradoria Geral do Estado, onde trabalhou até se reformar, aos 53 anos. No início dos anos 1950, estabeleceu-se com a família no Rio de Janeiro, voltando a São Paulo apenas no final dos anos 1980. Ao longo da vida, colaborou com vários jornais: A Plebe, Lavoura & Comércio, O Pasquim. Publicou o primeiro livro, Banda forra, em 1941. Seguiram-se Tribo (1954), A lua vem da Ásia (1956), Vaca de nariz sutil (1961) e A chuva imóvel (1963). O seu livro preferido, O Púcaro Búlgaro, foi publicado em 1964, e foi o último original. Campos de Carvalho morreu em São Paulo a 10 de Abril de 1998.