
NOVO ROMANCE DE A.M. PIRES CABRAL
Chegou o dia (a noite) de Benjamim Boavida fazer a prova de sentinela que decidirá o seu futuro no Quartel — ainda que ele, rapaz dado às coisas simples da vida no campo, preferisse estar a ouvir rouxinóis iluminado por um luar de Verão.
Mas ali está ele, com a bota a apertar-lhe o pé esquerdo, acompanhado por um sargento agressivo, num posto de vigia de onde não se vigia quase nada porque o muro é demasiado largo e com uma revolução a agitar-se lá fora. A turbulência parece estar ainda distante, mas a noite será longa e cheia de peripécias. Além disso, depois da noite chega um novo dia — para o país, para Joaquim e também para aquele aquartelado Quartel e para as suas personagens fiéis ao Regulamento ou contestatárias, perdidas entre alcunhas e gírias, que irão tão longe quanto a revolução, ou a imaginação, lhes permitir.
A.M. Pires Cabral
A.M. Pires Cabral nasceu em Chacim, Macedo de Cavaleiros, em 1941. Licenciou-se em Filologia Germânica. Foi professor e animador cultural, responsável pela participação de Vila Real no Projecto 5.2 do Conselho da Europa («Políticas Culturais nas Cidades») e co-organizador das Jornadas Camilianas de Vila Real. É conhecido sobretudo como ficcionista e poeta.
Na área da ficção, publicou até ao momento oito livros de contos e seis romances, tendo ganho o Prémio Círculo de Leitores (com Sancirilo), o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco (com O Porco de Erimanto) e o Grande Prémio de Literatura DST (com O Cónego). Antes deste O Quartel, publicou nesta mesma colecção o romance Feliciano (2021). A.M. Pires Cabral nasceu em Chacim, Macedo de Cavaleiros, em 1941. Licenciou-se em Filologia Germânica. Foi professor e animador cultural, responsável pela participação de Vila Real no Projecto 5.2 do Conselho da Europa («Políticas Culturais nas Cidades») e co-organizador das Jornadas Camilianas de Vila Real. É conhecido sobretudo como ficcionista e poeta.
Na área da ficção, publicou até ao momento oito livros de contos e seis romances, tendo ganho o Prémio Círculo de Leitores (com Sancirilo), o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco (com O Porco de Erimanto) e o Grande Prémio de Literatura DST (com O Cónego). Antes deste O Quartel, publicou nesta mesma colecção o romance Feliciano (2021). Na área da poesia, estreou-se em 1974 com Algures a Nordeste e publicou até hoje 20 títulos. Foram-lhe atribuídos o Prémio D. Dinis (com Que Comboio É Este e Douro: Pizzicato e Chula), Prémio Luís Miguel Nava (com As Têmporas da Cinza), PEN Clube (com Arado), Prémio Autores SPA 2014 (com Gaveta do Fundo), Prémio Nacional Literário João de Deus 2021 (com Frentes de Fogo). Caderneta de Lembranças, o seu mais recente livro de poemas, foi distinguido em 2022 com o Prémio de Poesia António Gedeão e com o Prémio Ruy Belo.