OCRE - Tinta da China
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Livro com CD

Uma cor, um disco, um livro: Ocre é o primeiro volume de uma Trilogia das Cores que marca o regresso a solo, ao piano, de Filipe Raposo. Um ensaio sonoro que mistura música e cor, mas que se traduz também em reflexões, poemas, palavras.

Vermelho, preto e branco – são estas as três cores que inspiram a mais recente reflexão artística de Filipe Raposo. Ocre, a mais ancestral das tonalidades, é só o ponto de partida para uma trilogia musical jazzística, que neste primeiro volume se aproxima da música tradicional. Mas este disco é também um livro em que cada texto, cada poema e cada citação exploram mais a fundo as origens deste encontro de influência.

«Enquanto criador pretendo despertar este interesse no ouvinte, nos sons que escuto e que escrevo, na organização do caos pré-composicional ou na destruição da suposta ordem esperada. Compor ou estar em frente ao piano implica, antes de mais, saber escutar o passado, estar atento à primeira manifestação de arte que sabemos existir, conseguir recuar e continuar a ser um elo desse primeiro golpe de asa que nos elevou da condição animal e nos colocou na condição de deuses.» 

Filipe Raposo

Filipe Raposo (Lisboa, 1979) é pianista, compositor e orquestrador. Iniciou os seus estudos pianísticos no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem o mestrado em Piano Jazz Performance pelo Royal College of Music (Estocolmo) e foi bolseiro da Royal Music Academy of Stockholm. É licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa.
Tem colaborações em concerto e em disco com alguns dos principais nomes da música portuguesa: Sérgio Godinho, José Mário Branco, Fausto, Vitorino, Janita Salomé, Amélia Muge, Camané, Maria João. Enquanto orquestrador e pianista, tem colaborado com inúmeras orquestras europeias. Colabora também regularmente como compositor e pianista em cinema e teatro, tendo feito as bandas sonoras para os filmes O Gelo (2016, Prémio de Melhor Banda Sonora no Caminhos Film Festival) e Refrigerantes e Canções de Amor (2016, Prémio de Melhor Canção Original nos Prémios Sophia — Academia de Cinema), ambos com realização de Luís Galvão Teles, e para espectáculos como Ruínas (2016), de António Pires, e Banda Sonora (2018), de Ricardo Neves-Neves.
Colabora com a Cinemateca Portuguesa como pianista residente no acompanhamento de filmes mudos e tem desenvolvido com o artista visual António Jorge Gonçalves o projecto «4 Mãos». Em nome próprio editou os discos First Falls (2011, Prémio Artista Revelação Fundação Amália), A Hundred Silent Ways (2013), Inquiétude (2015) e Rita Maria & Filipe Raposo Live in Oslo (2018).