ORFEU DE BICICLETA - Tinta da China
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«Francisco Bosco é, ao mesmo tempo, um homem apaixonado pela filosofia e pela psicanálise e um pai como qualquer outro. E é esta fusão do filósofo com o papá, é este cruzamento do ensaísta iluminado com o progenitor desesperado, é esta colisão criativa entre a mais baixa banalidade e a mais alta intelectualidade que torna Orfeu de Bicicleta uma obra nobre e consoladora, no sentido em que valoriza profundamente a nossa relação com um quotidiano que com demasiada frequência achamos desprovido de qualquer espécie de graça.»
— João Miguel Tavares

Uma reflexão sobre o papel do pai no novo século. Reflexões importantes – a um tempo divertidas e históricas – sobre a primazia das crianças nas famílias modernas.

«A função do pai era mantida por um lugar exterior ao núcleo familial, o mundo do trabalho, que ele ocupava sozinho. Esse lugar, como se sabe, deixou de ser só seu. Hoje, a grande maioria das mulheres trabalha. O homem perdeu, assim, um aspecto fundamental de sua masculinidade e, consequentemente, de sua paternidade. Se a mãe não depende do pai para o sustento material do filho, e se o filho não depende do pai para seu sustento fisiológico, que lugar pode ocupar esse pai?»
— Francisco Bosco

Membro desse grande clube de pais de filhos pequenos, o filósofo e cronista Francisco Bosco parte à procura das palavras justas para descrever o amor parental.
Bem-humorados, poéticos ou filosóficos, os textos reunidos em Orfeu de Bicicleta reflectem sobre o impacto do nascimento das crianças, o seu protagonismo nas famílias modernas e, sobretudo, a reinvenção do papel desempenhado pelo pai.
Que espaço ocupa o pai moderno, agora que as funções que o definiam e encaixavam no quadro familiar são também realizadas pela mãe?

Francisco Bosco

Francisco Bosco nasceu no Rio de Janeiro em 1976. É ensaísta e doutor em Teoria da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Professor e conferencista, foi colunista do jornal O Globo e presidente da Fundação Nacional de Artes do Brasil. Publicou os livros Orfeu de BicicletaAlta Ajuda (Tinta-da-china, 2015 e 2013), BanalogiasE livre seja este infortúnioDorival Caymmi e Da amizade.