
«A brilhante reconstrução que Stephen Kinzer faz do golpe de estado no Irão é ainda mais fascinante pelo simples facto de ser verdadeira. É tão apaixonante como um thriller e explica-nos muito sobre as razões pelas quais os Estados Unidos estão hoje envolvidos em lugares como o Afeganistão e o Iraque.»
— Gore Vidal
A Revolução Islâmica de 1979 e a subida ao poder do aiatola Khomeini assinalam uma viragem histórica que abriu caminho para o fundamentalismo islâmico tal como hoje o conhecemos. Mas como se explica a tomada de posições extremas que opõem Oriente e Ocidente? Como chegámos ao nível de violência actual?
Stephen Kinzer, repórter do New York Times e correspondente assíduo no Médio Oriente, conta-nos a história do golpe de estado no Irão, em 1953, uma história de espiões, de sabotagem e de agentes secretos, de revoltas encenadas, de malas cheias de dinheiro e de encontros à meia-noite, através da qual ficamos a compreender a ascensão do fundamentalismo islâmico e da oposição ao Ocidente que hoje domina o Islão. Os Estados Unidos e a Inglaterra, liderados por Einsenhower e Churchill, respectivamente, ao auxiliarem o derrube de um regime democrático, alteraram o curso da história.
Segundo Kinzer, «o golpe ofereceu aos Estados Unidos, e ao Ocidente em geral, um Irão em que se pôde confiar durante vinte e cinco anos. Esse foi um triunfo indiscutível. Porém, esse triunfo parece esmorecer».
Stephen Kinzer
Stephen Kinzer, jornalista americano, trabalha desde os anos 70 como repórter do New York Times. Enquanto correspondente no estrangeiro, deslocou-se a mais de 50 países, cobrindo a história recente de países no Médio Oriente, na América Latina e na ex-União Soviética.
É autor de Crescent and Star: Turkey Between Two Worlds e co-autor de Bitter Fruit: The Story of the American Coup in Guatemala.