PROVA DE VIDA - Tinta da China
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«Os falsos diários de Mexia são uma das mais estimulantes escritas da nossa literatura actual.»
— Osvaldo Manuel Silvestre

Prova de Vida é um diário de experiências, gostos, obsessões, citações, listas, polémicas, coisas vistas e ouvidas, leituras, confissões e estados de alma. É nele que Pedro Mexia encontra espaço para o aforismo e para o intimismo ou o hermetismo confessional: «Tempos interessantes, anos interessantes, os meus anos chineses, anos de pesquisa para saudades e tristezas, anos em que acreditei, anos em que lutei, anos de bruços e costas e navalhas a que se toma o gosto. Anos em que estive tão baixo que me parecia alto e tão alto que não percebia que estava em balão, e durava quinze minutos, e pagava duas moedas a um velho que trabalhava no parque de diversões desde sempre.»

A obra agora publicada consiste numa selecção dos textos publicados entre Fevereiro de 2004 e Outubro de 2006 no blogue colectivo Fora do Mundo e, depois, no blogue individual Estado Civil. O resultado é um texto reflexivo, desconcertante e mordaz.

Pedro Mexia

Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciou‑se em Direito pela Universidade Católica. Escreveu crítica literária e crónicas para os jornais Diário de Notícias e Público. Actualmente colabora com o semanário Expresso. É um dos membros do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (SIC Notícias) e mantém, com Inês Meneses, o programa PBX. Foi subdirector e director interino da Cinemateca.
Publicou sete livros de poesia, antologiados em Poemas Escolhidos (2018). Editou os volumes de diários Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009), Lei Seca (2014) e Malparado (2017), e as colectâneas de crónicas Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013), Biblioteca (2015), Lá Fora (2018, vencedor do Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores) e Imagens Imaginadas (2019).
Organizou um volume de ensaios de Agustina Bessa‑Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia; a antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa [com José Tolentino Mendonça]; O Homem Fatal, crónicas escolhidas de Nelson Rodrigues; e Nada Tem já Encanto, antologia poética de Rui Knopfli. Traduziu Robert Bresson, Tom Stoppard, Hugo Williams, Martin Crimp e David Mamet. Coordena a colecção de poesia da Tinta‑da‑china e dirige, com Gustavo Pacheco, a revista Granta em Língua Portuguesa. Em 2015 e 2016 integrou o júri do Prémio Camões.