REVOLUÇÃO NOS MÉDIA - Tinta da China
30%

Como lidaram os média com as liberdades conquistadas no 25 de Abril? Qual o seu envolvimento nas lutas revolucionárias? E que mudanças ocorreram nos órgãos de comunicação social?

Textos de: Maria Inácia Rezola, João Figueira, Pedro Marques Gomes, Paula Borges Santos, Francisco Pinheiro e Marco Gomes.

Quando a ditadura portuguesa cai, depois de mais de quatro décadas de censura, o lápis azul é imediatamente abolido, dando lugar à liberdade de expressão e de pensamento. Mas os novos poderes desejam ardentemente aceder à opinião pública, e depressa se instalam novas formas de controlo e manipulação dos meios de comunicação social.
Entre as acusações de colaboracionismo e as purgas de administrações e de jornalistas, entre as comissões de trabalhadores e a nacionalização dos órgãos de informação, entre o «caso República» e o «caso Renascença», o certo é que a rádio, a televisão e os jornais portugueses se transformam numa peça decisiva do processo revolucionário (1974-1975).
A Revolução nos Média procura fornecer novas pistas interpretativas sobre este cenário histórico. De que forma lidaram os média e os seus profissionais com as liberdades conquistadas a 25 de Abril de 1974? Como se adaptaram ou resistiram às transformações em curso na sociedade portuguesa? Qual o seu grau de envolvimento e participação nas lutas do Portugal revolucionário? E que mudanças ocorreram nos próprios órgãos de comunicação social em 1974-1975?