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«APARIÇÕES» DE FÁTIMA, O CENTENÁRIO DE UM FENÓMENO PRODUZIDO PELA IGREJA CATÓLICA

Há cem anos, com as «aparições» de Fátima, nasceu na Cova da Iria um culto popular que depressa se propagou num país católico, analfabeto e dado a devoções, atravessando um dos mais dramáticos momentos da sua história. A Igreja Católica estimulou, disciplinou e enquadrou ideologicamente o culto, transformando-o num fenómeno mundial e instrumentalizando-o a seu favor.

«É uma obra corajosa, um trabalho rigoroso e desapaixonado, baseado numa investigação exaustiva e persistente sobre a forma como a hierarquia católica foi construindo, primeiro, e usando, depois, o “milagre” de Fátima com o objectivo de transformar o lugar e a alegada epifania num pólo ideológico de “recristianização” de um Portugal doente e afastado dos caminhos da fé pelo ateísmo e anticlericalismo republicano.» — Fernando Rosas, Prefácio

Luís Filipe Torgal

Luís Filipe Torgal é professor na Escola Secundária de Oliveira do Hospital, onde fundou e coordena a revista Ipsis Verbis. É mestre em História Económica e Social Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Colabora como investigador no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20). Participou nas obras História de Portugal em Datas e História Comparada – Portugal, Europa e o Mundo e no Dicionário Biográfico Parlamentar (1935-74). É autor de textos sobre Fátima, a República no Brasil e em Portugal, os republicanos António Machado Santos e José Tomás da Fonseca, educação e outros assuntos, editados em publicações científicas, blogues e vários periódicos locais, regionais e nacionais. No âmbito das comemorações do centenário da Primeira República, assinou as entradas Fátima e António Machado Santos, a publicar no Dicionário de História da Primeira República e do Republicanismo.