UMA VEZ QUE TUDO SE PERDEU - Tinta da China
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A primeira colectânea de poemas originais de Pedro Mexia desde 2007.

«Sobre a poesia de Thomas Hardy, escreveu Samuel Hynes: ‘O tempo passa nos poemas. O tempo é o meio através do qual o presente se torna passado irrecuperável, e no qual a observação se torna memória; no mundo poético de Hardy, esta transformação é um tema essencial, ou mesmo um princípio filosófico. E também é, de certo modo, um princípio formal, pois os poemas estão muitas vezes organizados num contraste entre o presente e o passado, entre a observação e a memória, num padrão irónico, a dois tempos, que revela como as expectativas foram derrotadas, as perdas sofridas, a esperança e a felicidade destruídas, simplesmente porque o tempo passa.’ Não posso dizer mais nem menos.»
— Pedro Mexia

Pedro Mexia

Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciou‑se em Direito pela Universidade Católica. Escreveu crítica literária e crónicas para os jornais Diário de Notícias e Público. Actualmente colabora com o semanário Expresso. É um dos membros do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (SIC Notícias) e mantém, com Inês Meneses, o programa PBX. Foi subdirector e director interino da Cinemateca.
Publicou sete livros de poesia, antologiados em Poemas Escolhidos (2018). Editou os volumes de diários Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009), Lei Seca (2014) e Malparado (2017), e as colectâneas de crónicas Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013), Biblioteca (2015), Lá Fora (2018, vencedor do Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores) e Imagens Imaginadas (2019).
Organizou um volume de ensaios de Agustina Bessa‑Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia; a antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa [com José Tolentino Mendonça]; O Homem Fatal, crónicas escolhidas de Nelson Rodrigues; e Nada Tem já Encanto, antologia poética de Rui Knopfli. Traduziu Robert Bresson, Tom Stoppard, Hugo Williams, Martin Crimp e David Mamet. Coordena a colecção de poesia da Tinta‑da‑china e dirige, com Gustavo Pacheco, a revista Granta em Língua Portuguesa. Em 2015 e 2016 integrou o júri do Prémio Camões.