VIDA COMO ELA É... - Tinta da China
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LIVRO DO ANO 2016PúblicoObservador

Do humor à tragédia, da violência ao desejo, uma selecção de 60 dos melhores contos de Nelson Rodrigues, escritos ao longo de dez anos na coluna de jornal A Vida como Ela É….
Aqui encontramos homens que «não respeitam nem poste» e outros de aspecto tão virtuoso que desfilam como estátuas; melancolias asmáticas e explosões apaixonadas; mulheres, muitas, algumas fatais, outras a espremer borbulhas ao espelho, amantes seriíssimas ou esposas infiéis; e a morte, da mais épica à mais ridícula, auto imposta ou criminosa, sempre tão estrondosa como este universo ficcional único.
Depois do sucesso no Brasil, com adaptações para rádio, cinema, teatro e televisão, A Vida como Ela É… chega pela primeira vez a Portugal.

«Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. O buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico.»
— Nelson Rodrigues

OBRA PUBLICADA COM O APOIO DO MINISTÉRIO DA CULTURA DO BRASIL / FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

Nelson Rodrigues

Nelson Rodrigues é um mito do século XX brasileiro, e um dos escritores mais prolíferos e aclamados. Nasceu no Recife em 1912, mudando-se em 1916 para o Rio de Janeiro, cidade que seria o cenário privilegiado de toda a sua obra.
Começou a trabalhar como jornalista aos 13 anos, logo na secção policial, num jornal fundado pelo pai, e nunca mais parou. Fez da crónica e da escrita um hábito diário e destacou-se em todos os géneros literários, pela qualidade e pela quantidade: escreveu 17 peças de teatro, nove romances e milhares de páginas de contos e crónicas, que mais tarde deram origem a várias edições de textos reunidos, assim como a adaptações para teatro, cinema e televisão.
Idolatrado e odiado, politicamente conservador, Nelson Rodrigues tanto apoiou a ditadura militar brasileira como foi, mais tarde, defensor acérrimo das suas vítimas. Reaccionário assumido, desencadeou sempre sentimentos fortes, não só devido à sua obra como também à sua vida pública e privada.
Morreu no Rio de Janeiro em 1980.