VIDAS DOS OUTROS - Tinta da China
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Crónicas biográficas sobre artistas, escritores, músicos, cineastas e intelectuais, no estilo erudito, pessoal e poético a que o autor já nos habituou.

FINALISTA DO GRANDE PRÉMIO DE CRÓNICA APE

«Pedro Mexia reuniu neste livro os seus exercícios num género pouco comum em Portugal: o ensaio erudito, em que a erudição entra como ‘base’ da reflexão moral e do divertimento culto. Tentar dar conta do que passa por aqui seria como tentar resumir uma enciclopédia. Há de tudo, numa sequência imprevisível: Epicuro no seu jardim ateniense, Paulo na estrada de Damasco, um rei que escreve sobre depressões, um duque que vende Ticianos, os esqueletos de Vesalius, o coração ‘irrequieto’ de Händel, a confissão de Luís XV, os pavões de Darwin, Baudelaire fotografado por Nadar, a sorte do general Custer, a ‘cabeça feroz’ de Sandokan, o mais célebre urinol do mundo, o último voo de Leslie Howard, um músico num campo de concentração, o chão pisado por Francis Bacon, a pessoa que era Frank Sinatra, o postal que era Audrey Hepburn, um grande escritor que se chamou J.G. Ballard, uma morte em Chappaquiddick, as cuecas de Tracey Emin. Não procuremos o fio condutor. Os labirintos só têm graça quando nos perdemos neles.»
— Rui Ramos

Pedro Mexia

Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciou‑se em Direito pela Universidade Católica. Escreveu crítica literária e crónicas para os jornais Diário de Notícias e Público. Actualmente colabora com o semanário Expresso. É um dos membros do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (SIC Notícias) e mantém, com Inês Meneses, o programa PBX. Foi subdirector e director interino da Cinemateca.
Publicou sete livros de poesia, antologiados em Poemas Escolhidos (2018). Editou os volumes de diários Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009), Lei Seca (2014) e Malparado (2017), e as colectâneas de crónicas Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013), Biblioteca (2015), Lá Fora (2018, vencedor do Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores) e Imagens Imaginadas (2019).
Organizou um volume de ensaios de Agustina Bessa‑Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia; a antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa [com José Tolentino Mendonça]; O Homem Fatal, crónicas escolhidas de Nelson Rodrigues; e Nada Tem já Encanto, antologia poética de Rui Knopfli. Traduziu Robert Bresson, Tom Stoppard, Hugo Williams, Martin Crimp e David Mamet. Coordena a colecção de poesia da Tinta‑da‑china e dirige, com Gustavo Pacheco, a revista Granta em Língua Portuguesa. Em 2015 e 2016 integrou o júri do Prémio Camões.